Mais de 15 milhões de brasileiros convivem com doenças reumatológicas
- Redação Saúde Minuto
- 29/10/2025
- Bem-estar Saúde
Segundo estimativas da Sociedade Brasileira de Reumatologia, mais de 15 milhões de pessoas no Brasil sofrem com algum tipo de doença reumatológica. Essas condições podem afetar articulações, ossos, músculos, tendões e até órgãos internos.
Globalmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que as doenças musculoesqueléticas estão entre as principais causas de dor crônica e incapacidade no mundo.
Informação ainda é um desafio
A reumatologista da Santa Casa de São José dos Campos, Dra. Elisa Melo, destaca que a falta de informação continua sendo um dos principais obstáculos no tratamento dessas doenças.
“Muitas pessoas acreditam que o ‘reumatismo’ é uma única doença ou que afeta apenas os idosos. Mas, na verdade, existem mais de 100 enfermidades diferentes, que podem atingir qualquer faixa etária, inclusive crianças e adolescentes. O diagnóstico precoce é essencial para controlar a evolução e evitar limitações futuras”, explica a médica.
Principais doenças reumatológicas
Entre as enfermidades mais comuns estão:
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Artrite reumatoide – pode comprometer a mobilidade e causar deformidades se não tratada.
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Artrose – geralmente associada ao envelhecimento das articulações.
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Lúpus eritematoso sistêmico – doença autoimune que pode afetar múltiplos órgãos.
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Fibromialgia – caracterizada por dores difusas e fadiga intensa.
Atenção aos sintomas é essencial
De acordo com Dra. Elisa, é importante ficar atento aos sinais do corpo:
“Dor articular persistente, rigidez matinal, inchaço nas juntas e fadiga não devem ser considerados normais. Procurar um reumatologista ao perceber esses sintomas aumenta muito as chances de preservar a qualidade de vida.”
Impactos além da dor física
As doenças reumatológicas não afetam apenas o corpo. A dor crônica e a limitação funcional podem gerar sofrimento emocional e social, interferindo em atividades cotidianas, na produtividade no trabalho e até na vida social.
Conclusão
Com informação e diagnóstico precoce, é possível controlar os sintomas, reduzir a dor e preservar a qualidade de vida. A conscientização é o primeiro passo para um futuro com mais movimento e bem-estar.
Texto por: Dra. Elisa Melo – Reumatologista