Morre mulher durante lipoaspiração, em SP; cirurgião plástico fala sobre riscos

Faleceu, na última terça-feira (26/11), Paloma Lopes Alves, de 31 anos, durante um procedimento de uma simplificada de lipoaspiração – a “hidrolipo”. A intervenção, realizada na clínica Maná Day, no bairro do Tatuapé, zona leste de São Paulo, resultou em complicações fatais pouco depois de seu início.

De acordo com o boletim de ocorrência obtido pelo Metrópoles, Paloma teve contato com o médico responsável apenas no dia do procedimento, que foi agendado pelas redes sociais, sem consultas prévias. Durante a “hidrolipo”, que retirava gordura das costas e do abdômen, a jovem sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu.

O Dr. Alexandre Kataoka, cirurgião plástico, membro-titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e membro da Sociedade Brasileira de Perícias Médicas, explica mais sobre a lipoaspiração e comenta os riscos de um procedimento inadequado:

“Muitos médicos têm colocado a lipoaspiração como mini-lipoaspiração, lipoaspiração light, mas, na verdade, isso não deixa de ser lipoaspiração. É um procedimento cirúrgico que tem seus riscos, embora seja extremamente seguro e feito durante muitos anos no mundo – desde a década de 80.

É por isso que a lipoaspiração deve ser feita por um profissional habilitado, treinado. Por um cirurgião plástico com registro de qualificação de especialista e em um ambiente adequado – uma clínica, que esteja quite com a vigilância sanitária do seu município, ou que seja feito em um hospital, que tenha todo o aparelho caso tenha algum tipo de complicação.

É importante ressaltar que, como qualquer outra cirurgia, existem riscos que decorrem de problemas intraoperatórios, como problemas anestésicos ou problemas cirúrgicos, e até mesmo problemas pós-operatórios. Nos problemas intraoperatórios, o mais comum são os tromboembolismos, assim como pós-operatórios também. Por isso, é importante ter um cirurgião plástico que acompanhe essa cirurgia, que faça e acompanhe esse pós-operatório.

Nós não podemos banalizar nenhum tipo de procedimento estético, e a lipoaspiração não é diferente”.

Texto por: Redação Saúde Minuto