Conheça as principais doenças que causam a sepse

Embora responsável por uma das maiores taxas de letalidade no mundo — mais de 10 milhões de mortes por ano ao redor do globo, sendo que, desse universo estatístico, 240 mil ocorrem só no Brasil —, a sepse é ainda uma doença bastante desconhecida pelo público geral.

Daí a importância de se dedicar um dia específico — hoje, 13 de setembro — para a sua conscientização.

Também chamada de septicemia ou sepsis, sepse surge quando germes, principalmente bactérias, invadem a corrente sanguínea e provocam uma intensa resposta inflamatória por todo o organismo.

Esse processo inflamatório causa uma dilatação dos vasos sanguíneos, provocando uma queda da pressão arterial, que, em casos graves, pode levar a um estado crítico chamado choque séptico. Outras alterações relacionadas ao processo inflamatório provocam uma redução do aporte de oxigênio e nutrientes aos tecidos, levando à falência dos mesmos. Quando a sepse é grave, os rins e o fígado param de funcionar, o coração fica mais fraco, o cérebro funciona mal e os pulmões ficam cheios de água. O paciente pode, então, apresentar a temida falência de múltiplos órgãos.

Quanto maior a gravidade da sepse, maior o risco de morte. A sepse severa chega a ter uma mortalidade superior a 50%, mesmo com tratamento médico adequado. Qualquer pessoa pode contrair, mas a incidência é maior em bebês prematuros, idosos acima de 65 anos, com doenças como câncer, insuficiência cardíaca e diabetes.

O tratamento da sepse deve ser iniciado o mais rápido possível. Inicialmente, consiste em oferecer suporte às funções vitais como oxigenação e circulação sanguínea, além de ministrar de forma imediata antibióticos para combater o quadro infeccioso. O tratamento deve ser feito em regime de hospitalização, muitas vezes em unidades de terapia intensiva.

Manter doenças crônicas sob controle e garantir que o calendário de vacinação esteja atualizado são algumas das medidas preventivas.

O Dia Mundial da Sepse tem o objetivo a divulgação de informações que contribuam para o reconhecimento precoce da sepse e, com isso, evitem milhões de mortes todos os anos.

Texto por Dr. Adelino de Melo | Infectologista