Blefaroplastia: Tradicional ou a Laser?
- Rafaela Navarro
- 24/01/2025
- Beleza Saúde
Cirurgião Plástico e Dermatologista falam sobre as diferentes formas de blefaroplastia e seus benefícios
As pálpebras são a moldura do olhar, mas muitas vezes elas podem cair e dar um aspecto cansado aos olhos, mas qual seria o procedimento ideal para o seu caso? O Dr. Carlos Tagliari, cirurgião plástico, afirma que existem duas coisas sobre o laser na blefaroplastia:
- Diferenças
Primeiro, tem o laser propriamente dito, que é quase como um bisturi. Ele é um instrumento que faz o corte, a incisão, ou seja, não deixa de ser uma blefaroplastia tradicional só porque você está usando o laser para fazer parte do corte. Nesse caso, o laser é só uma ferramenta para a incisão, como se fosse um bisturi.
Agora, tem também o laser usado para retração de pele. Esse é outro tipo de laser, geralmente feito por dermatologistas. Ele não faz cortes.
A dermatologista, Dra. Isabel Martinez, especialista em laser por Harvard, explica: “Quando falamos em tratamento das pálpebras a laser, destacamos sua eficácia em promover a contração da pele, além de estimular a produção de elastina e colágeno, sendo também um aliado importante na prevenção dos sinais do envelhecimento.”
Quando os casos são analisados, os profissionais decidem qual é o procedimento mais indicado para cada caso. Em casos mais extremos com excesso de pele, especialmente nas pálpebras superiores e inferiores, com dobras, excesso de bolsas de gordura ou até uma dobra muscular importante que precisa de correção cirúrgica, a blefaroplastia com corte é mais indicada. Ela funciona muito bem para tirar o excesso de pele, remover bolsas de gordura mais evidentes e reposicionar a musculatura orbital (que é o músculo que envolve os olhos). Com isso, você consegue um resultado mais eficiente e duradouro.
Já o laser para retração de pele é indicado para quem é mais jovem, com pouco excesso de pele, que está começando a ter umas ruguinhas ou que, ao sorrir, percebe uma dobra leve na pálpebra. Nesse caso, o laser – e existem várias marcas no mercado – funciona bem. Fora isso, para casos mais avançados, só mesmo a cirurgia, complementa o Dr. Tagliari.
- Benefícios de cada
O benefício do laser é a minimização de cicatrizes e o curto tempo de recuperação, como afirma a Dra. Martinez: “O laser estimula colágeno e elastina, retraindo a pele sem cortes, com menos tempo de recuperação e menor risco de cicatrizes. ” E é um método extremamente eficiente para melhorar aquela flacidez nas pálpebras.
Já a tradicional, com corte, seja com laser ou bisturi, é mais indicada para os casos com excesso de pele ou gordurinhas, já que estes não podem ser corrigidos apenas com a retração da pele.
- Durante os procedimentos
A blefaroplastia pode ser realizada com anestesia geral, sedação ou anestesia local, dependendo do caso. A escolha do tipo de anestesia considera fatores como a extensão do procedimento, a sensibilidade à dor ou o nível de ansiedade do paciente, além da preferência do cirurgião. De modo geral, na minha experiência, sempre realizo o procedimento em hospital, sempre com no mínimo uma sedação para o conforto do paciente. Isso ajuda, porque a recuperação é mais tranquila, e o paciente sente menos dor ao acordar, além de ir para casa melhor. Com isso, conseguimos trabalhar em mais áreas e, assim, o resultado acaba sendo melhor, com uma durabilidade e uma satisfação do paciente muito maior.
As etapas do procedimento são feitas no hospital. Com a anestesia, conseguimos remover a pele, as bolsas de gordura, reposicionar a musculatura e até fazer enxerto de gordura em casos de olheiras muito profundas. Então, no mesmo procedimento se otimiza o resultado de acordo com as necessidades de cada paciente. Como elabora o cirurgião.
Já o laser, pode ser operado em consultório com o dermatologista. Já que não tem corte e tem um risco menor de contaminação e riscos à saúde.
- O Pós
E os cuidados com a cirurgia tradicional são: “O pós-operatório da blefaroplastia é geralmente muito tranquilo. É raro que o paciente sinta dor e, hoje em dia, é raro também que haja muitas equimoses ou roxinhos. Quando o procedimento é feito com o paciente dormindo um pouco mais, a hemostasia (controle dos vasinhos sanguíneos) é mais eficaz, o que faz com que os roxos sejam bem menores. O resultado tem uma recuperação rápida.
Normalmente, os pontos são retirados entre 7 a 10 dias, e o paciente já pode começar a retomar suas atividades normais, como se maquiar, ir para o trabalho, dirigir, entre outras. O tempo de recuperação é basicamente um final de semana; o paciente já pode realizar mais atividades, embora ainda possa ter algum curativo. Nesse período, é possível que o paciente queira se resguardar um pouco mais. No entanto, após 15 dias, já é possível retornar à academia e realizar diversos outros procedimentos.
O pós do laser, sem corte é simples, a dermatologista Isabel Martinez só sugere que os pacientes usem muita proteção solar e evitem passar maquiagem durante os 10 dias de vermelhidão e inchaço.
Lembrando que com maiores complicações, infecções ou dores fora do usual o médico especialista deve ser consultado.
Profissionais consultados:
Dra. Isabel Martinez – Médica dermatologista pós graduada em cosmetologia, atualização de laser pela universidade de Harvard e CEO da Clínica Martinez.
Dr. Carlos Tagliari – Cirurgião plástico, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da ISAPS – International Society of Aesthetic Plastic Surgery.
Texto por: Rafaela Navarro | Redação Saúde Minuto