Como higienizar corretamente a parte íntima feminina
- 775 Views
- Redação Saúde Minuto
- 20/10/2022
- Aline Ambrósio Ginecologia
A vulva corresponde à parte externa da região íntima feminina.
A pele é recoberta por pêlos e glândulas que produzem sebo, lubrificando-os e a pele. Os pêlos têm a função de proteção contra o meio externo, porém como nas sociedades modernas usamos vestimentas, a depilação completa não se tornaria um problema.
Esta depilação deve ser feita com laserterapia ou cera quente, evitando o uso repetitivo de lâminas, que lesionam a pele e podem causar inflamação dos folículos dos pêlos genitais, produzindo abscessos ou os conhecidos furúnculos.
Fazem parte da vulva os grandes e pequenos lábios, a glande do clitóris e o intróito vulvar. No intróito, podemos identificar a abertura da parte final da uretra (por onde sai a urina), e a vagina (porção interna do aparelho genital feminino). Glândulas que lubrificam a vulva nas relações sexuais liberam suas secreções próximo à abertura da vagina. Entre a vagina e o ânus, parte liberadora das fezes, temos uma faixa de pele e músculo, chamada períneo.
O pH da vulva fica entre 4,5 e 5,5. Desta forma, os sabonetes comercializados para banho, que são em sua maioria alcalinos, não são bons para a higiene local. Os sabonetes neutros ou de glicerina são hipoalergenos, e não alteram a acidez local, sendo mais indicados para lavar a região íntima próprios para a limpeza da vulva, com pH entre 4,5 e 5,5.
Os sabonetes íntimos tem o pH ácido, porém podem produzir alergias em algumas mulheres, desenvolvendo irritação ou coceira local, provavelmente pelos cosméticos e perfumes existentes neles.
Outra medida importante para a saúde vulvar é usar calcinhas de tecido mais natural, e dormir sem calcinha, facilitando a ventilação da região íntima. Hidratar a pele após o banho com óleo de coco pode ser útil para evitar infecções por fungos. E a lavagem após as evacuações é necessária para impedir a contaminação da vagina por bactérias do trato digestivo, causadoras dos corrimentos genitais.
Dra. Aline Ambrósio
Ginecologista, Obstetra e Terapeuta Sexual