Conheça os diferentes tipos de exame para detecção de câncer de mama
- Fabricio Colli
- 30/10/2024
- Saúde
O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil, depois do câncer de pele não melanoma, com uma taxa de 66,54 casos por 100 mil mulheres. Conforme o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que até 2025 sejam registrados 73.610 novos casos de câncer de mama.
Para ser possível detectar e registrar esses casos mais facilmente, é essencial a realização de exames que podem ocasionar um diagnóstico precoce visando o início do tratamento da doença em sua fase inicial. E para isso, existem diferentes exames que podem ser realizados.
Os principais exames incluem mamografia, ultrassom, ressonância magnética e biópsia. Listamos abaixo suas diferenças, benefícios e limitações, segundo Dra. Luana Ariadne Ferreira, ginecologista do Hospital Edmundo Vasconcelos:
- Mamografia: utiliza raios-x, é o exame padrão para rastreamento e detecta alterações antes de serem palpáveis. Proporciona alguns benefícios como rastreio eficaz, enquanto as limitações são a eficácia em mamas densas e o risco de falsos positivos;
- Ultrassom: usa ondas sonoras, complementa a mamografia e é útil para diferenciar cistos de massas sólidas, especialmente em mamas densas; O ultrassom é bom para avaliar nódulos, mas não é eficaz como exame primário;
- Ressonância magnética: oferece imagens mais detalhadas, e é usada em casos de alto risco ou quando há dúvidas após outros exames. Tem alta sensibilidade, mas é mais cara e não está disponível em todos os lugares;
- Biópsia: coleta tecidos para análise.
A mamografia é bastante recomendada para ser feito o diagnóstico antecipado. As diretrizes geralmente recomendam que mulheres a partir dos 40 anos façam esse rastreamento de forma anual ou bienal. Mulheres com histórico familiar ou outros fatores de risco podem precisar começar o rastreamento mais cedo e com maior frequência.
A escolha de qual exame será realizado depende de fatores como idade, histórico familiar, densidade mamária, presença de sintomas e condições médicas pré-existentes.
Mulheres com histórico familiar de câncer de mama, portadoras de mutações genéticas, aquelas que já tiveram a doença e pessoas com fatores de risco como obesidade ou exposição à radiação compõe os grupos de risco que devem estar atentas à realização de exames de detecção.
Além desses tipos de análises clínicas, o autoexame ajuda as mulheres a se familiarizarem com suas mamas e a detectar mudanças precoces. Embora não substitua exames médicos, pode levar a diagnósticos mais rápidos.
É muito importante que seja feita esse reconhecimento o mais rápido possível, pois a detecção precoce está associada a taxas de sobrevivência mais altas e a opções de tratamento menos agressivas. Tumores em estágios iniciais geralmente têm melhores prognósticos, permitindo intervenções menos invasivas.
Existem, ainda novos avanços ou tecnologias em exames que melhoram a detecção precoce do câncer de mama. Essas inovações incluem mamografia digital, tomossíntese (imagem em 3D) e o uso de inteligência artificial para melhorar a precisão dos diagnósticos.
Profissional consultada: Dra. Luana Ariadne Ferreira, ginecologista do Hospital Edmundo Vasconcelos
Texto por: Fabricio Colli | Redação Saúde Minuto | Editado por: Francisco Varkala
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