Dia Mundial de Conscientização do Autismo
- Redação Saúde Minuto
- 02/04/2024
- Pediatria Saúde Saúde Mental
O pediatra Fernando Campana, explica sobre crianças que estão no TEA (Transtorno do Espectro Autista). Confira o vídeo agora mesmo.
“Então, estamos falando de um transtorno psiquiátrico que muitas vezes começa a se manifestar entre um ano e meio e três anos, com alguns sinais muito sutis, às vezes até antes, o que pode fazer com que uma família desconfie e converse a respeito com um pediatra. O que era conhecido como autismo, hoje, então, passa a ter a denominação transtorno do espectro autista, abrangendo um grande grupo de crianças que possuem diferentes funcionalidades, podemos dizer assim.
Dessa forma, seriam de baixa funcionalidade aqueles que praticamente não desenvolvem fala, têm um retardo mental significativo e um acentuado isolamento social. Por outro lado, os de alta funcionalidade conseguem, em alguns casos, até constituir família, desenvolvem a fala normal e têm um contato social bastante razoável. Uma coisa que chama muita atenção no transtorno do espectro autista é que o desenvolvimento neuropsicomotor (principalmente o motor) segue praticamente igual ao de outras crianças. Ou seja, fixam o pescoço por volta dos três meses, sentam por volta de seis meses, trocam o passinho na época de um ano, mas são bebês que apresentam uma fuga do olhar, tendem a não fixar o olhar no seu interlocutor, têm uma dificuldade de desenvolvimento da fala, apresentam às vezes até uma surdez aparente, já quando maiorzinhos, a ponto dos pais estarem chamando pelo nome, pedindo alguma coisa e a criança simplesmente não reagir.
Apresentam também movimentos repetitivos. Ora têm uma tendência a repetir movimentos da cabeça, de braços, com as pernas. Algo que acaba, então, chamando a atenção, fugindo do comportamento normal da maioria das crianças.”