Hialuronidase: Redução de acido hialurônico sem agulhas e sem risco de reações alérgicas
- Redação Saúde Minuto
- 22/04/2025
- Beleza Bem-estar Saúde
A técnica de preenchimento com ácido hialurônico tem sido amplamente utilizada para rejuvenescimento e remodelação facial. Com o aumento da popularidade desses procedimentos, também crescem os casos de intercorrências estéticas, como assimetrias e acúmulos indesejáveis do produto. Nessas situações, a aplicação da enzima hialuronidase tem se mostrado a solução mais eficaz para degradar o ácido hialurônico e corrigir os resultados.
Tradicionalmente, essa correção é feita por meio de injeções da enzima. No entanto, segundo a médica estética Dra. Fernanda Nichelle, já está disponível no mercado — inclusive no Brasil, com aprovação da Anvisa — a versão tópica da hialuronidase, que pode ser aplicada diretamente sobre a pele, sem o uso de agulhas. “Essa forma atua de maneira localizada, promovendo a quebra parcial do ácido hialurônico de forma mais segura e confortável para o paciente”, explica a especialista.
Os benefícios dessa alternativa são muitos: além de ser um método não invasivo, reduz os riscos de efeitos colaterais comuns ao uso de agulhas, como dor, hematomas e infecções. O risco de reações alérgicas graves, como a anafilaxia — embora ainda possível — é consideravelmente menor, pois a absorção pela pele ocorre em doses muito menores.
A versão tópica da hialuronidase é especialmente indicada para correções sutis, como pequenos excessos em regiões sensíveis, como a área abaixo dos olhos. Já em casos com maior volume de preenchimento, a via injetável pode continuar sendo necessária.
Em situações mais leves, técnicas complementares também vêm sendo utilizadas com sucesso. Um relato de caso descreve o tratamento de acúmulo de ácido hialurônico por meio da combinação de ledterapia, massagem local e pomada tópica de hialuronidase associada a valerato de betametasona. O protocolo foi indicado por sete dias, e a enzima atuou reduzindo a resistência do tecido, favorecendo a permeabilidade intercelular e a dispersão de substâncias. A ledterapia, com comprimento de onda de 660 nanômetros (luz vermelha), promoveu bioestimulação, ação anti-inflamatória e efeito fototérmico. O resultado foi considerado satisfatório, com visível melhora estética e sem necessidade de intervenção injetável — uma alternativa resolutiva para casos leves.
Por fim, a Dra. Fernanda reforça que qualquer intervenção com hialuronidase, seja tópica ou injetável, deve ser feita por um profissional capacitado e após avaliação clínica detalhada. “A tecnologia evoluiu para oferecer soluções cada vez mais seguras e menos invasivas. O importante é sempre respeitar a individualidade de cada paciente e buscar o tratamento mais adequado para cada situação”, conclui.
Profissional consultado: Dra. Fernanda Nichelle – Médica que atua exclusivamente na área estética