Má formação peniana prejudica autoestima dos meninos
- Redação Saúde Minuto
- 13/05/2021
- Flávio Iizuka Saúde Urologia
Conhecida como hipospádia, a doença deve ser tratada com agilidade para não afetar o psicológico
A doença afeta 1 em cada 500 indivíduos e é caracterizada por uma alteração na abertura da uretra, o canal por onde sai a urina, fazendo com que ela não chegue até a ponta do pênis.
Existem três tipos: distal, que é a forma mais branda, ocorre em 50% dos casos e na qual o final da uretra fica próximo ao local onde deveria estar, a conhecida como média, que responde a 30% dos casos e na qual ela acaba no meio no caminho e a proximal, que é considerada mais grave e acomete 20% dos pacientes, na qual ela chega apenas até a região do escroto ou períneo.
Além dessa alteração, a hipospádia faz com que o pênis seja curvado para baixo e que a pele do prepúcio se concentre mais em cima do que embaixo, lembrando o formato de um capuz, o que faz com que essa característica em especial tenha o nome cientifico de capuchão.
No que diz respeito ao aspecto funcional, o grande risco é que o menino não consiga fazer xixi em pé. Mas, o maior problema nesse caso é emocional, pois a criança pode se tornar muito fechada, insegura ao extremo e não querer frequentar locais nos quais fica nu perto de outras pessoas e muito menos se relacionar sexualmente por causa das alterações estéticas provocadas pela hipospádia.
Para evitar que isso aconteça, o mais indicado é que ela passe por uma cirurgia, que é a única forma de tratar esse problema, enquanto ainda não tem muita consciência corporal, ou seja, até no máximo 5 anos. Para garantir que os resultados sejam satisfatórios, o ideal é procurar um especialista nesse tipo de cirurgia. Além de dominar melhor a técnica, esse médico tem acesso a diferenciais importantes, como o uso de hormônios que ajudam as chances de complicações e de laser para favorecer a cicatrização.
Dr. Flávio Iizuka
Cirurgião Urologista
Membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia (TISBU) e da Sociedade de Videocirurgia (SOBRACIL)