Transar no mar ou piscina faz mal à saúde?
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- Redação Saúde Minuto
- 13/01/2023
- Aline Ambrósio Assuntos Delicados
Transar na água, seja no mar, piscina ou banheira, parece ser excitante devido à influência de filmes em nossas fantasias, mas não é tão real, e exige certas precauções.
A água retira a lubrificação natural da vagina, da região íntima, durante a excitação, que é extremamente importante para reduzir o atrito na penetração do pênis ou de acessórios eróticos. Sem lubrificação, tanto a penetração quanto os toques na região íntima, tornam-se dolorosos, impedindo o adequado subir da excitação em direção ao orgasmo. O mesmo ocorre para o sexo anal, cuja região precisa ser bem lubrificada durante a penetração.
O uso de preservativos fica complicado na transa dentro da água, pois o lubrificante é lavado quando submerso, podendo romper-se ou tornando a penetração dolorosa. Também não se pode usar lubrificante à base de óleo, que não se mistura à água, já que estes tipos danificam e rasgam o preservativo.
Na possibilidade de não usar o preservativo, a gravidez e as ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) podem ocorrer. Havendo ejaculação dentro da vagina, a gravidez pode acontecer, pois a água não fornece qualquer efeito contrário. E sem o uso do condom, existe risco para contrair ISTs, facilitadas pelas fissuras que frequentemente surgem no ato sexual com atrito, que viram portas de entrada de vírus e bactérias.
O maior trauma na região íntima também facilita as infecções do trato urinário, as famosas cistites.
Outro problema é irritação da mucosa vaginal pelo sal do mar ou pelo cloro da piscina, que eleva risco para infecções por fungos e para ISTs. Além disto, salmonela, E. coli e estafilococo podem estar presentes na água, infectando os órgãos genitais.
Informação: uma poderosa fonte de proteção a todos nós, para escolhas conscientes!
Texto por Aline Ambrósio | Ginecologista