Janeiro Branco: Cuidados com a Saúde Mental abrem 2022
- Redação Saúde Minuto
- 27/01/2022
- 3
- Rafaella Bragiotti Saúde Mental
Para um início de ano claro e límpido, a campanha Janeiro Branco entra em discussão em sua 9ª edição, para evidenciar a importância de preservar a saúde mental.
Diferentemente de campanhas ligadas a organizações e instituições voltadas à saúde pública, o Janeiro Branco retrata uma mobilização independente. Fundada em 2014, a campanha foi originalmente idealizada e criada pelo psicólogo e palestrante mineiro Leonardo Abrahão, presidente do Instituto Janeiro Branco, que tomou a iniciativa de sair às ruas com demais colegas da psicologia para levar à Uberlândia – MG a conscientização de que estar com os exames em dia não é o mesmo que estar plenamente saudável.
Em recente estudo realizado pela FIOCRUZ em dezembro de 2021, 40% dos brasileiros apresentavam sentimentos frequentes de tristeza e depressão, enquanto 50% declarou sofrer de ansiedade e constante sentimento de nervosismo.
Em 2021, a Campanha Janeiro Branco afirmou sua posição como “campanha brasileira sobre Saúde Mental”, e fora do país, a Campanha também ocorre em outros continentes. O Janeiro Branco está em todos os estados brasileiros, em ambientes públicos e privados, em espaços abertos e fechados, nas ruas e nas mídias falando sobre questões e importância da Saúde Mental.
MITOS E VERDADES SOBRE SAÚDE MENTAL
Em entrevista para o SM, Leonardo fez um alerta aos principais mitos e verdades relacionados à qualidade da saúde da mente:
1) Questões relacionadas à Saúde Mental “dependem da boa vontade e do esforço da pessoa”.
MITO – “Transtornos e doenças mentais possuem fatores de risco que independem da vontade subjetiva da pessoa, como, por exemplo, condições sociais de vida e disponibilidade de oportunidades relacionadas à educação, saúde, moradia, trabalho, renda, direitos etc.”
2) Sofrimento mental é “falta de fé e de Deus no coração”.
MITO- “Líderes religiosos também adoecem das emoções, assim como os fiéis mais fervorosos; fé não é fator absoluto de proteção contra adoecimentos — e, dependendo das características da “fé”, ela pode ser, inclusive, um fator de risco para o adoecimento.”
3) Ir a um profissional da Saúde Mental é coisa de “gente fraca, doida ou desocupada”.
MITO – “Perceber que necessita de ajuda e buscar ajuda, na verdade, são sinais de inteligência emocional, de autoestima e de boa capacidade de interpretação da realidade.”
4) Todo transtorno mental necessita de tratamento medicamentoso/farmacológico.
MITO – “Essa é uma generalização precipitada e equivocada; em que pese a importância do tratamento farmacológico em muitos casos de transtornos mentais, muitos deles, a depender do estágio e da intensidade em que se encontram, podem ser acompanhados e tratados por meio de terapias, de técnicas e de intervenções profissionais não medicamentosas.”
Como identificar um estado de alerta com a Saúde Mental?
“Fundamentalmente, quando a pessoa sente-se disfuncional e angustiada em relação a aspectos importantes da sua vida: família, trabalho, vida sexual, vida religiosa, projetos/sentidos de vida, vida financeira etc”, explica o psicólogo. Leonardo reforça que é fundamental atentar-se à qualidade do sono. Alterações descontextualizadas em relação a padrões alimentares, a padrões no temperamento, a padrões no humor, na disposição para as tarefas diárias e nos aspectos físicos.
Em 2022, o Janeiro Branco faz um alerta à humanidade: O MUNDO PEDE SAÚDE MENTAL!
Texto por Rafaella Bragiotti | Redação Saúde Minuto
Comments (3)
Rafael Baldini
27 jan 2022Reportagem extremamente clara e necessária para todos os brasileiros. A saúde mental é muito desvalorizada pelas pessoas, uma vez que realmente rotulam aqueles que procuram ajuda como fracos e desocupados. Quem nunca ouviu que depressão é falta do que fazer?
Unidos juntos contra as doenças mentais e todas as complicações que resultam delas, já que uma mente doente apenas também terá um corpo doente.
A campanha iniciada por Leonardo é algo que deve servir de exemplo e de iniciativa, a saúde das outras pessoas também dependem de nós, e temos que fazer nosso melhor para garantir um futuro melhor. Excelente reportagem de uma excelente repórter. Espero ansioso por mais artigos e redações do gênero.
Jenifer Domingues
28 jan 2022Reportagem necessária !
Abordou o tema de forma clara .
José Júnior
29 jan 2022Excelente Reportagem. Parabéns, continue nos trazendo essas informações necessárias!!