Refluxo e Ceia de Natal: Quais Alimentos Agravam o Refluxo?
- Redação Saúde Minuto
- 23/12/2025
- Alimentação Saúde
O Refluxo Gastroesofágico (RGE) é uma condição digestiva prevalente, afetando aproximadamente 20% da população global. Caracteriza-se pelo retorno do conteúdo gástrico, ácido, líquidos e alimentos, para o esôfago, causando uma série de incômodos e comprometendo a qualidade de vida. Com as festividades de final de ano e as consequentes mudanças alimentares, o manejo do RGE se torna ainda mais crítico.
Gatilhos na Ceia de Natal: Alimentos que Agravam o Refluxo
O gastrocirurgião e endoscopista Eduardo Grecco alerta que o consumo excessivo de certos itens típicos das ceias pode agravar os sintomas do refluxo. Isso se deve, principalmente, à capacidade desses alimentos de relaxar a musculatura do esfíncter esofágico inferior (a válvula protetora) ou de irritar diretamente o trato digestivo.
Os Principais Vilões no Período Festivo:
- Gorduras e Frituras: Pernil, maionese, salpicão e farofa são preparações ricas em gordura. Elas retardam o esvaziamento do estômago, aumentando o tempo em que o ácido está disponível para refluir.
- Bebidas Gaseificadas e Álcool: Espumantes, cervejas e refrigerantes aumentam a pressão interna do estômago, enquanto o álcool em geral irrita e relaxa o esfíncter esofágico, facilitando o refluxo.
- Sobremesas Pesadas: Doces com bases cremosas (como chantilly e creme de leite) e itens tradicionais (como panetone e rabanada) são ricos em gordura e açúcar, sendo poderosos gatilhos.
Alerta: Pacientes com refluxo severo que não é controlado por medicação devem considerar a exclusão total desses itens mais gordurosos e irritantes da dieta festiva.
Sintomas e a Busca pelo Tratamento Otimizado
Os sintomas clássicos incluem azia e queimação no estômago, mas o RGE pode manifestar-se também através de dor no peito, regurgitação, e sinais atípicos como tosse crônica, pigarro e garganta arranhando.
O uso desregulado de antiácidos pode mascarar o problema subjacente. Portanto, o diagnóstico preciso e o acompanhamento de um especialista são cruciais.
Texto por: Dr. Eduardo Grecco