Quais os cuidados necessários com a moleira do bebê?
- Fabricio Colli
- 23/10/2024
- Curiosidades
A que devemos nos atentar ao lidar com a fontanela
A moleira dos bebês, mais conhecida como fontanela, é o espaço membranoso entre os ossos do crânio de um bebê. Esse espaço macio tem a função de permitir que esses ossos de um recém-nascido possam se movimentar, facilitando a saída da cabeça no momento do parto.
As duas principais são a anterior ou bregmática (na parte superior da cabeça) e a posterior ou lambdoide (na parte posterior). Elas são cobertas por uma membrana resistente que protege o cérebro e facilitam o seu crescimento adequado. Em circunstâncias normais, as fontanelas se fecham em momentos distintos ao longo da vida. A fontanela posterior é geralmente a primeira a se fechar, por volta dos 3 meses, enquanto a anterior, a maior, pode se fechar até os 24 meses. Esse fechamento ocorre pela calcificação dessa região intermediária.
Há alguns pontos que devemos nos atentar sobre a aparência da moleira da criança. Caso ela aparente estar mais alta que o normal, pode ser resultante de um aumento da pressão no interior do crânio, normalmente relacionado a meningite ou hidrocefalia. Já quando a fontanela aparenta estar mais baixa, passa a ser um sinal de desidratação, já que essa membrana é formada principalmente por líquidos.
É importante saber que nem sempre a moleira um pouco mais baixa seja um sinal preocupante. Quando o bebê está em uma posição vertical, a área pode demonstrar um nível levemente mais baixo, só exigindo atenção redobrada quando esse desnível é bem mais fundo.
Como esse espaço membranoso entre os ossos do crânio é uma região muito sensível na cabeça dos bebês, existem alguns cuidados que devem ser tomados para evitarmos causar qualquer tipo de lesão.
Segundo a Dra. Karine Risério, titular em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria, o principal cuidado é evitar traumas nessa região, já que é mais vulnerável pela falta de proteção óssea completa. Ela completa: “É importante ter atenção ao segurar o bebê, movê-lo de lugar e evitar deixá-lo em locais com risco de queda.”
Esses cuidados são extremamente importantes para que nenhum risco mais grave seja apresentado à saúde dos bebês. “Em caso de traumas na região da fontanela, há risco de hemorragias intracranianas, lesões cerebrais e comprometimento neurológico”, explica a pediatra.
O fechamento prematuro das suturas cranianas, chamado craniossinostose, pode resultar em deformidades craniofaciais e elevação da pressão intracraniana. Isso pode acarretar graves consequências para o desenvolvimento do cérebro.
No entanto, a Dra. Karine ressalta que “Não se deve apertar a área com força, mas a manipulação suave, como fazer carinho, lavar a cabeça e pentear os cabelos. Pode ser feita sem preocupações.”
Muitos de nós já ouvimos alguma vez dizerem que não podemos passar a mão ou tocarmos a moleira de um recém-nascido. Isso é um mito. A única recomendação do tipo é que não devemos pressionar a área ou usar faixas, gorros, chapéus ou qualquer outro acessório que aperte a cabeça do bebê.
“A fontanela é uma área sensível, mas não é perigoso tocá-la com cuidado. (…) Embora macia ao toque, a membrana que cobre a fontanela é bastante resistente. O que deve ser evitado é a compressão ou pressão excessiva sobre a área” – conforme a médica pediatra.
Texto por: Fabricio Colli | Redação Saúde Minuto
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