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Óculos com filtro de luz azul: realmente funcionam?
- Igor Markevich
- 16/03/2025
- Bem-estar Curiosidades Saúde
São raras as exceções em que podemos ativamente reduzir o tempo de tela, por isso, diversas tecnologias buscam driblar os malefícios causados pelo extenso contato com a luminosidade artificial. Óculos que afirmam filtrar luz azul, por exemplo, são vendidos com promessas de melhorar o sono, reduzir a fadiga, promover conforto e até prevenir o aparecimento de doenças, mas será que as lentes que filtram “azul” são realmente necessárias?
Por muitas vezes, o trabalho e a rotina de modo geral exigem horas e mais horas em frente aos computadores e demais telas. Não é difícil constatar situações em que a luz do sol vira uma companhia casual em detrimento da claridade de tablets e smartphones. Isso sem contar o tempo considerável que gastamos nos aparelhos eletrônicos em momentos de lazer. Faça o teste: some as horas de trabalho em que você se coloca de frente para o monitor e depois adicione o tempo gasto vendo vídeos de gatinhos, teclando com amigos e nas longas e frequentes maratonas fitando a televisão. O fato é que, mesmo sem nos darmos conta, a posição que a tecnologia assumiu na vida humana beira o excessivo.
O que é a tal luz azul?
“A luz azul faz parte do espectro visível, variando do vermelho ao violeta. No entanto, a luz azul possui comprimento de onda menor do que outras cores no espectro”, explica o Dr. Roberto Anbar, oftalmologista credenciado da Omint. Essa característica fez com que a luz azul fosse associada à radiação ultravioleta, o que gerou a ideia de que poderia ser prejudicial à visão.
No entanto, não há evidências científicas de que a luz azul – nem mesmo a ultravioleta – cause danos permanentes aos olhos, seja pela exposição prolongada ao sol ou ao computador.
As promessas das lentes e a realidade científica
Os óculos com filtro de luz azul são amplamente divulgados como uma solução para o desconforto visual causado pelo uso prolongado de telas. Mas será que funcionam? Segundo o Dr. Roberto Anbar, “os óculos são capazes de filtrar a luz azul adequadamente, desde que possuam lentes com esse filtro”.
O ponto é que essa filtragem, por si só, não resolve o problema. O desconforto visual causado pelo uso de telas está muito mais relacionado a fatores como ressecamento ocular e esforço prolongado do que à luz azul em si. Se as lentes realmente fossem capazes de bloquear a luz azul de forma significativa, seriam visivelmente escurecidas, o que não ocorre na maioria dos modelos vendidos. Além disso, o custo dessas lentes costuma ser consideravelmente mais alto do que o das opções convencionais, levantando a questão: vale o investimento?
O verdadeiro problema: hábitos inadequados
A fadiga ocular relacionada ao uso de telas não vem da luz azul, mas sim de hábitos inadequados durante o uso prolongado de dispositivos. “Não há evidências científicas que associem dano ocular tardio após exposição prolongada à luz azul. Desta forma, a recomendação gira em torno de se evitar excesso de telas, com pausas durante o trabalho, acertar a distância e altura corretas da tela e lembrar de piscar!”, orienta o Dr. Anbar.
Entre os sintomas mais comuns de quem passa muito tempo em frente às telas estão cansaço, olhos vermelhos, visão turva temporária e sensação de ressecamento. Em crianças, o problema pode ser ainda maior, com risco aumentado de progressão da miopia.
O que realmente pode ajudar?
- Fazer pausas regulares e olhar para longe a cada 20 minutos;
- Piscar mais conscientemente para manter a lubrificação dos olhos;
- Usar colírios lubrificantes, se necessário;
- Ajustar a posição da tela para que fique na altura dos olhos;
- Reduzir o brilho da tela, se for mais confortável para você.
No fim das contas, os óculos com filtro azul podem até oferecer algum conforto para algumas pessoas ou gerar debates interessantes , mas não substituem cuidados essenciais para a saúde ocular. Se a intenção é proteger os olhos, a melhor estratégia ainda é adotar bons hábitos no uso das telas.
Texto por: Igor Markevich | Redação Saúde Minuto | Editado por: Rafaela Navarro
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