Os riscos da automedicação
- Fabricio Colli
- 08/10/2024
- Medicamentos Saúde
Os riscos da automedicação
Quais as possíveis consequências de se medicar sem acompanhamento médico?
A automedicação é um fenômeno cada vez mais comum na sociedade contemporânea, refletindo a busca por soluções rápidas e práticas para problemas de saúde. Embora possa oferecer alívio imediato e uma sensação de autonomia, essa prática levanta preocupações significativas sobre a segurança e a eficácia do uso indiscriminado de fármacos, principalmente aqueles que são de venda controlada e exigem prescrição médica, pois podem trazer riscos ainda maiores se tomados de maneira indevida.
De acordo com uma pesquisa realizada em colaboração com membros da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, da Universidade Federal do Ceará e da Universidade Estadual do Ceará, pessoas com baixo letramento em medicamentos são mais propensas a praticar automedicação inadequada ou de risco.
O estudo aponta que “os elementos potenciais de risco à automedicação que, segundo a OMS, estão relacionados ao auto-diagnóstico errado, à escolha incorreta da terapia, ao não reconhecimento dos efeitos adversos, às interações medicamentosas, à contraindicação, ao armazenamento inadequado, ao erro na dose, além de não ler os rótulos e as bulas dos medicamentos antes de usar”.
Neste contexto, é fundamental discutir os riscos associados à automedicação:
- Reações Adversas: O uso inadequado de medicamentos pode levar a efeitos colaterais inesperados, que podem variar de leves a graves (náusea, dor de estômago, reações alérgicas severas, danos ao fígado, convulsões).
- Interações Medicamentosas: A combinação de diferentes fármacos sem supervisão médica pode resultar em interações que potencializam ou diminuem a eficácia dos tratamentos.
- Agravamento da Condição de Saúde: Sintomas que parecem simples podem esconder doenças mais sérias. A automedicação pode atrasar diagnósticos e tratamentos adequados.
- Dependência: O uso frequente de certos medicamentos, como analgésicos ou ansiolíticos, pode levar à dependência física ou psicológica.
- Uso Incorreto de Doses: A falta de orientação profissional pode levar a doses inadequadas, seja por excesso ou insuficiência, comprometendo a eficácia do tratamento.
- Subdiagnóstico: A automedicação pode mascarar sintomas de condições que precisam de atenção médica, resultando em um tratamento inadequado.
- Custo e Desperdício: Além de riscos à saúde, a automedicação pode levar ao gasto desnecessário com medicamentos que não são eficazes para a condição em questão.
Por isso, destacamos que, seja para tratamentos de enfermidades momentâneas ou doenças crônicas, é fundamental que qualquer tratamento medicamentoso seja iniciado sob indicação e supervisão médica, com total atenção e acompanhamento do profissional.
Texto por Fabricio Colli| Redação Saúde Minuto| Editado por Charlotte Chamouton
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